terça-feira, 5 de março de 2019

DIA 04 - SAN PEDRO ATACAMA - 05/03/2019

Onde:       San Pedro de Atacama - Lagunas de Cejar
Quem:      Claudia Jak, Maria e Jefferson, Monia
Quando:   05/03/2019
Quanto:    R$ 246,00 + R$ 200,00 Hostal

Hoje não marcamos um horário para acordar, já que fomos deitar mais tarde. Levantamos umas 9h30 e fomos procurar nosso desjejum. Achamos estranho porque não havia nada na cozinha. Ao questionar as meninas do hostal, nos explicaram que o dono da pousada é proprietário de um café ali perto, por isso, o café da manhã é servido lá. Sendo assim, nos vestimos mais apropriadamente e saímos. 

O hostal Barros Nativos é local bem rústico e sem luxo, mas o quarto e cama são confortáveis. A única dificuldade que tivemos foi com relação ao banho; as vezes a água do chuveiro não esquentava. Quando isso acontecia, avisávamos Paola que fazia de tudo para tentar resolver a situação.




Ao passar pelas ruazinhas de San Pedro, me senti muito emocionada! Vi tantas vezes esse lugar em fotos; desejei vezes sem conta vir pra cá. Estar aqui era a realização de um sonho!


Partimos caminhando do hostal Barros Nativos até o Barros Café, onde foi servido nosso café da manhã. 




Haviam 2 opções de  café da manhã no cardápio, liberados para nós. Maria, Jefferson e Monia pediram a opção de ovos mexidos (ou revueltos), café com leite, dois pães de forma aquecido (tipo torrada) e um suco de frutas. Eu pedi manteiga e geleia, no lugar dos ovos, e depois dividi com as meninas. A opção estava inclusa em nossa diária do hostal mas, caso fôssemos comprar, custaria CLP 3000 (R$ 18,00). O lugar abre apenas às 08h30 o que, do meu ponto de vista, é um fator negativo, já que muitos passeios saem bem cedo.


Apesar de simples, tudo servido aqui era tudo muito gostoso e nutritivo! 

Após o café, seguimos para um City Tour.


Nosso hostal está localizado bem próximo a Igreja de San Pedro de Atacama. 


Trata-se de uma igreja católica construída durante o período colonial espanhol e é declaradamente a segunda igreja mais antiga do Chile. O material de procedência indígena foi usado na construção da igreja, cuja aparência é caracterizada como simples e elegante.

Enquanto estávamos ali perto, um senhor brasileiro abordou Maria em função de sua bolsinha da marca Araraúna. Ele se apresentou como um dos fundadores do Clube do Cicloturismo do Brasil e nos contou um pouco sobre o trabalho que desempenhou ao lado de Walter Magalhães, Rodrigo Telles e Eliana Brito. Que mundo pequeno, conhecemos todos eles! Fizemos uma foto ao lado de Jorge e Chang antes de seguir passeio. 



O casal de São Paulo também pedala e comentam que farão o Valle da Luna e de Marte de bike, na quinta feira. Deixamos previamente combinado de fazer  o trajeto com eles. Para hoje, fariam as Lagunas del Cejar a fim de ver o pôr do sol. Embarcamos na mesma ideia e seguimos até a agência para fechar o passeio. Fui fazendo fotos até chegar lá.



A agência onde fechamos boa parte dos passeios foi a CCapcha, pelo simples motivo que curtimos muito Denise, a atendente que é brasileira (Fone +56 9 8351 7173). 


O passeio até a Laguna del Cejar, em outras agências, costuma sair mais cedo ou até sair a tarde mas, geralmente, não contempla o pôr do sol. Além disso, o valor também estava menor, se comparado a outros lugares que estavam por aproximadamente CLP 30.000. Na CCapcha saiu por CLP 25.000. No entanto, fique atento ao fato que os valores que nos passam corresponde apenas ao transfer (e em alguns lugares uns aperitivos). Todas as entradas são cobradas a parte, no momento que chegamos nos respectivos parques. No caso deste passeio, pagamos CLP 2.000 de entradas, somando um total de CLP 27.000 (R$ 162,00).

Passeio fechado, seguimos conhecendo as ruas e comércios da cidade.



Ao entrarmos em uma galeria, observei um menininho brincando no chão. Pedi autorização a sua mãe, que trabalhava em um dos box ali, e fiz uma foto com ele.


De repente, ao sair de uma das grandes galerias, fomos surpreendidos com um lindíssimo visual de uma montanha, ainda com neve!



Seguimos até um ponto da cidade onde foi possível vê-la melhor.


Questionamos um morador que nos apresentou o vulcão Licancabur. Ele está localizado entre o Chile e a Bolívia. O vulcão domina a paisagem da área do Salar de Atacama e é possível avistá-lo praticamente o tempo todo, exceto nos dias que a região apresenta céu encoberto - o que é raro. A ascensão ou escalada até o topo dos seus 5.916 metros de altitude pode ser realizada somente com acompanhamento de guias locais especializados em alta montanha. É considerado um vulcão semi-ativo e sua última erupção foi no dia 30 de outubro de 2015. Fiquei simplesmente encantada com o visual dele!


Depois, fomos visitar o cemitério que, de acordo com os moradores, também é um ponto turístico. 


Ao sair vimos um cicloturista passando. Acenamos para ele, que veio até nós. Ele é polonês, está pedalando há 2 meses e já percorreu 15.000 km. Iniciou sua expedição no México e terminará no Ushuaia. Foi bem bacana encontrar alguém em plena expedição!


Continuamos percorrendo as galerias, pesquisando os preços dos futuros 'regalos' que vamos comprar ao amigos antes de voltar.



Fomos orientados a tomar muito cuidado nas refeições aqui no deserto! No mês passado, houveram duas semanas de intensas chuvas, o que deixou San Pedro um caos. Faltou luz, água e comida. Muitos acabaram 'conservando' as carnes de forma precária. Por isso, Paola - recepcionista de nosso hostal, nos incentivou a evitar carnes no período. Não tenho problema nenhum com isso, já que evito consumir carne sempre que possível. Para almoçar, nos foi indicado o restaurante La pica do índio (que nome!). Bom, lá fomos nós atrás da tal pica e realmente o lugar estava bombando! Como havia uma fila de espera e estava muito calor, deixamos para voltar em outro momento. 


Estávamos um tanto indecisos quanto a onde comer. Por isso, Maria e Jefferson comeram em um restaurante, enquanto Monia e eu fomos a outro. Comi uma Quesadilla, parece um Tortilla um pouco mais macia. Seu recheio era de queso, oliva e tomate (queijo, azeitona e tomate). Com a bebida pagamos CLP 6000 (R$ 36,00).



Foto em frente ao restaurante onde Monia e eu comemos.


Logo após, nos reencontramos e voltamos ao hostal. Foi o tempo de por uma bermuda, um chinelo e conferir os itens na mochila: toalha de banho, bermuda reserva, protetor solar/labial e blusa pro fim do dia. Sim, roupa de banho!! 

As 15h50, chegamos na frente da agência e partimos para o passeio. Aproveitei para fazer uma foto com Denise, a brasileira que nos atendeu na CCapcha.


Seguimos com o guia Mario pelas belíssimas estradas de terra, em direção as Lagunas del Cejar.



As montanhas enfeitam a paisagem de um jeito, que é de tirar o fôlego!



A viagem até lá foi relativamente rápida, visto que o percurso tem cerca de 25 km. O carro da agência foi lotado e, no local, vimos vários outros carros de agências já estacionados, certamente por ser um dos passeios que mais atrai viajantes. Mario nos deu orientações e um tempo para nos preparar, já que nesse passeios podemos mergulhar em duas Lagunas.


A água é extremamente salgada. A temperatura é relativamente fria, o que contrasta bastante com a temperatura exterior. Outra coisa interessante é que, mesmo no meio onde é mais fundo, é impossível afundar; permanecemos sempre boiando. A concentração de sal na água é tão alta, que nos faz flutuar sem esforço nenhum, ou seja, é uma experiência que você não pode desperdiçar! Além disso, foi sem dúvida o banho no visual mais belo que já tomei.




Uma dica que li em um blog é que devíamos evitar o contato da água no cabelo, olhos e boca, principalmente se já estivessem feridos. Embora não estivesse, preferi não mergulhar. 

Permaneci na água por uns 30 minutos. Quando saí, pude ter uma ideia ainda melhor da concentração de sal que existe ali. Conforme fui secando com o sol, meu corpo foi ficando todo branco. Pelo que soube, a concentração de sal nessa laguna é maior que a do Mar Morto, ou seja, é muuuuuuuuuito sal! Mas não desanime de entrar, afinal, ao lado da lagoa existem chuveiros de água doce para tirar o sal do corpo; só que prepare-se: a água é bem fria!

Após o banho, segui caminhando para fazer foto nas outras lagunas, onde não é permitido entrar na água. 









Após o reconhecimento no local, aguardamos Mario, nosso guia, nos chamar para a próxima expedição.



De volta ao carro, seguimos para os Ojos del Salar que, na verdade, são duas crateras com água não tão salgada (não sei dizer se chega a ser doce), onde se pode mergulhar. Particularmente, preferi não entrar, já que aqui não tem chuveiro para se banhar. Aqui é possível aproveitar o reflexo na água para fazer umas fotos bem legais!



Em volta de todas as Lagunas, é possível se observar uma grande quantidade de sal.


Após as fotos, voltamos para o carro e seguimos para nossa última parada do dia: a Laguna Tebinquinche.  Para se aproximar da Laguna, é necessário percorrer um caminho delimitado, onde há um gigantesco 'lago de sal'. A paisagem não é tão maravilhosa como na primeira Laguna, mas é no mínimo um salar bem interessante para se visitar!






Fiquei emocionada com nosso primeiro contato com os Flamigos. 



Durante o pôr do sol, nosso guia Mario preparou um lanche para o grupo. Tivemos a oportunidade de provar o 'Pisco Sour', uma bebida tradicional da região.




E foi uma bela forma e fechar nossa primeira tarde no Atacama!


O pôr do sol foi bonito e, como tudo foi perfeito, só posso dizer que fechou com chave de ouro.



A cor do deserto, após o pôr do sol, é ainda mais romântico!




Voltamos todos muitíssimos satisfeitos com este primeiro dia de passeios! Tanto que, ao chegar, já fechamos para o próximo dia o passeio pelas Lagunas Altiplanicas com a mesma agência, no valor de CLP 30000 (R$ 180,00). Neste passeio é necessário sair às 06h00. 

Antes de voltar ao hostal, demos mais uma chance para o restaurante La pica del índio e fomos jantar lá. Eu particularmente não estava com muita fome, por isso, combinei com Monia de dividirmos o jantar. Jefferson e Maria, pediram cada um, salmón e nós pedimos um prato combinado com entradas e sobremesa. 



O ponto alto foi nosso prato principal, que tratava-se de um macarrão ao molho de abacate. 


Se estava bom? Posso dizer que consegui comer a parte que me cabia. Pra eu gostar, provavelmente precisaria comer mais algumas vezes, para me acostumar com o paladar do abacate salgado. A sobremesa parecia uma bola de sorvete mas, na verdade, era um doce de Quinoa. Tomei refrigerante, já que havia bebido o 'Pisco Sauer' nas Lagunas. Com isso, dividindo com a Monia, gastei CLP 5000 (R$ 30,00).


O engraçado foi que Jeffão não quis dividir o prato com a Maria, já que estava muito faminto. No fim das contas, ele não estava conseguindo comer tudo e nós ficamos pressionando ele. Quando não aguentava mais, dei uma olhada e sai com o seguinte comentário: "Vai Jeffão, não queria comer tudo, continua!! Porque você tá todo envergado ai, eih?" Monia e Maria não se aguentavam de tanto que riam... No fim das contas, 'envergou' acabou se tornando nosso meme durante as refeições, sempre que alguém não dava conta. 

E assim terminamos mais um dia maravilhoso em terras Chilenas! Que venham os próximos dias!!

Resumo e Dicas
Os custos do passeio continuaram altos. Aqui, o clima é ainda mais seco que em Santiago. Um belo aliado é uma pomadinha chamada Bepantol. Usamos para proteger os lábios e até passamos dentro do nariz, já que começou a assar por dentro. O passeio na Laguna Del Cejar é imperdível, certamente vale a pena! Como o clima aqui é bem seco, lavava minhas roupas íntimas e blusinhas, praticamente todos os dias, e elas amanheciam seca.

Custos de hoje:
CLP 4.000 Lenço (maravilhoso!)
CLP 5.000 3 bandanas
CLP 25.000 Passeio Lagunar Del Cejar
CLP 2.000 Entrada
CLP 5.000 Jantar
** O custo do passeio que fechamos no dia seguinte, colocarei nos gastos do próprio dia**
TOTAL 41.000 (R$ 246,00)

Custos do hostal:
R$ 200,41 a diária  

blog pesquisa 
https://www.umviajante.com.br/chile/160-laguna-cejar-ojos-de-sal-e-laguna-tebinquinche-mochilao-chile-segundo-dia-tarde

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