quarta-feira, 20 de abril de 2011

VIAGEM A TRABALHO - ROMA - DÉCIMO DIA - 20/04/2011

Hoje nossos planos era visitar a cidade do Vaticano. Acordamos cedo, tomamos nosso café da manhã e partimos novamente para o ônibus turístico. 



Cidade do Vaticano

Desde 1.377 o Vaticano é a residência oficial dos Pontífices. No trono de São Pedro, sentaram-se 265 Papas. Em 11 de fevereiro de 1.292, o Vaticano tornou-se um estado independente. 

Reza a lenda, visto não ser citado na Bíblia, que em 67 D.C., um episódio marcaria eternamente este lugar: a crucificação, de cabeça para baixo, dos apóstolos Pedro e Paulo. Os apóstolos teriam sido sepultados ali, em um túmulos anônimos. Anos mais tarde, a necrópole vaticana cresceria até se transformar num lugar de culto cristão. Constantino, o imperador que promoveu o cristianismo, edificou no vaticano um local, para que os cristãos pudessem venerar o sepulcro de São Pedro. A atual basílica foi inciada apenas no final da idade média e sua construção levou aproximadamente 176 anos. Foi Júlio II (1503 - 1513) que deu início ao projeto. Grandes nomes como Raffaelo, António Sangallo, Donato Bramante e o jovem Miguel Ângelo, fizeram parte dos projetos.

Apreciemos as grandiosidades arquitetônicas do local! A sugestiva cúpula de Miguel Ângelo; a Praça de São Pedro, a Colunata - o mais belo trabalho de Bernini, assim também como as 140 estátuas de santos; a fachada de Carlo Maderno. No centro da praça há um Obelisco egípcio trazido da antiga cidade de Heliópolis. Nos lados dele, estão duas fontes do século XVII. Dentro da Basílica, pode-se admirar a Pietà, de Miguel Ângelo, entre outras coisas.


Acho que no que diz respeito ao Museu do Vaticano, precisaríamos de pelo menos uma semana de visitação, para um melhor aproveitamento. 


Mas não temos todo este tempo... Nosso voo está previsto para às 19 hrs. Temos que fazer o chek out no hotel, no máximo até as 14 hrs. Por isso, vamos aproveitar nossa manhã.




Quando chegamos na entrada do museu, tivemos que aguardar uns trinta minutos para entrar. Não tínhamos o tempo que gostaríamos para ler e analisar cada item, escultura e pinturas. Revesávamos entre imagens. Rimos e nos divertimos muito!











Foi tudo bem corrido e já estávamos muito cansados mas, posso garantir, que foi mesmo um grã finale

Nestes dez dias, provamos o que há de melhor na vida... boa culinária, belas arquiteturas, belezas naturais impecáveis e grandes experiências... mas principalmente: o bom companheirismo e amizade, coisas que transcendem a todas as outras. Um amigo que fez uma viagem sozinho me contou, que a parte mais chata de uma viagem solo é quando você vê uma coisa maravilhosa e simplesmente não tem a quem dizer: 'Nossaaaa, tá vendo o que eu tô vendo!' As tristezas compartilhadas, são mais leves. As alegrias quando compartilhadas, são alegrias em dobro! Levo comigo as melhores lembranças de dias que, por mais que quisesse, jamais viverei novamente. 

Obrigada Vida!

terça-feira, 19 de abril de 2011

VIAGEM A TRABALHO - ROMA - NONO DIA - 19/04/2011

Hoje, quando acordei, tive a sensação de acordar após um pesadelo. Foi bem difícil encarar Pâmela. Sentia-me responsável por tudo que havia acontecido. Ela estava cuidando de minhas coisas e eu simplesmente não fui capaz de fazer o mesmo por ela. Não foi intencional, mas foi o que aconteceu. Quando enfim consegui olhar para ela, vi traços de grande sofrimento, em sua feição. Fiz um trato comigo mesma... até o final do dia tentaria reverter esta situação. Tentaria ajudá-la encontrar a felicidade, que há pouco perdera. Convidei-a para tomar café e, de forma indiferente, me acompanhou. Quando retornamos para o quarto, disse a ela que terminasse de se arrumar, pois tínhamos muitas coisas para conhecer! Antes de sair do hotel, olhei em minha carteira e contei quanto tinha... Disse a ela:
- Temos E$ 215,00... E$ 110,00 pra você e E$ 105,00 para mim.
A princípio ela não quis aceitar... mas depois, viu que não restava alternativas. 

Saímos em busca dos ônibus turísticos. Pagamos E$ 30,00 por dois dias. Além do mapa que ganhamos, o ônibus nos ajuda a chegar nos pontos turísticos, com mais facilidade. Como estive em Roma há pouco tempo, ainda me lembrava de alguns lugares. Além disso, portava um guia turístico dos principais pontos da cidade. Brinquei com eles que hoje eu seria a guia. 




Partimos em direção ao centro histórico. Colocamos os fones e começamos a ouvir as explanações sobre o local. Olha nossas carinhas desanimadas.


Decidimos descer na Praça do Capitólio. Gostei muito dali, pois ainda não conhecia. Trata-se de uma das sete famosas colinas de Roma. É considerada uma das mais importantes, onde localizavam-se os templos de Júpiter, Juno e Minerva. A lenda reza que a memória da loba, que amamentou Rômulo e Remo, está ali. 

Segue uma imagem da praça do Capitólio


Desta colina, temos uma visão privilegiada do Foro Romano, por isso, foi um belo lugar para começarmos nosso passeio. Sugeri que visitássemos primeiramente o Foro Romano e após o Coliseu. Nosso amigo nos disse que estava passando mal e precisava de um banheiro rápido. Combinamos de aguardar ele, enquanto procurava um lugar. Após uma meia hora ele voltou dizendo: 'Foi por pouco...' 

No mirante localizado atrás do Capitólio, enchemos nossa visão com o magnífico Arco de Septímio Severo, erguido em 203 D.C., como comemoração da vitórias sobre os partos, por meio de duas campanhas militares do imperador Septímio Severo e seus dois filhos, Caracala e Geta. 

Peço que Pâmela se posicione para a primeira foto. Agora ela já estava com uma carinha mais animadinha. 



Como aprendi da outra vez, as filas do Coliseu costumam ser gigantescas, já as do Foro Romano são menores. No Foro você pode solicitar um único ingresso que dá acesso ao Coliseu. Mas, apesar da fila ser menor, tivemos que aguardar uns 40 minutos até a nossa vez. Bilhete E$ 12,00




Foro Romano, Colina Palatino e Museu Palatino

O Fórum Romano foi, literalmente, o coração da Roma antiga. Tratava-se de um centro comercial, político e religioso. Aqui era o local onde um César era cremado, adquiria-se uma prostituta ou sacrificavam-se vítimas nuas. O Fórum foi construído entre os Montes Palatino e Capitolino, como centro da vida romana nos dias da republica. Hoje possui ruínas, fragmentos e pedras reviradas mas, com alguma imaginação, você poderá sentir um pouco da história aqui. 

Visitamos cada canto do Foro. A cada nova ruína, pesquisava em meu guia do que se tratava e lia em voz alta para os dois. Após isso, seguíamos para o próximo lugar. 


Deixei a câmera com Pâmela, que encarregou-se de fazer as fotos, enquanto eu lia o guia. Para nossa alegria, logo na entrada, ocorreu um fato inusitado... do nada, apareceu um pouco de papel higiênico, enrolado no pé de nosso amigo. Eu fixei os olhos, fiz uma cara de espanto e pensei: 'O que é isso??' Quando resolvi perguntar, só saiu: 'Sidnei, o que é?'... mais que depressa a Pâmela fez: 'shiuuuuu'! Olhamos uma para a outra e foi aquela gargalhada... A situação só foi piorando pois o papel foi desenrolando e de repente tinha uma fita enorme de papel higiênico atrás dele... parecia um véu. Nós duas ríamos compulsivamente, sem parar. Quando ele olhou para trás, não entendeu nada, visto que o papel já havia se soltado. Ele perguntou o que estava acontecendo com nós duas, mas simplesmente não conseguíamos dizer... apenas ríamos. Coitado... ele não imagina o quanto este episódio foi importante para deixar o nosso dia mais leve. Após isso, nós duas simplesmente não podíamos olhar uma para a outra, que era só risada. 








Arco de Constantino -  Este arco espetacular foi erguido em honra da derrota do pagão Magêncio por Constantino em 306 D.C





Visitamos praticamente tudo. Vimos o Circo de Máximos, que fica do lado de fora, o Monte Paladino, local onde nasceu Roma e o estádio onde eram praticados jogos. 


Na sequência, passamos por uma fila enorme que aguardava para comprar os ingressos do coliseu e nós, os espertos, entramos sem pegar fila... sensacional!

Coliseu

A construção do anfiteatro começou em 72 D.C. e foi uma maravilha da engenharia. O estádio completo foi dedicado a Tito em 80 D.C. Coberto de mármore, podia abrigar até 80.000 espectadores, que assistiam a jogos. Tais apresentações quase renderam a extinção de muitas espécies de animais, do Império Romano. Muitos anos mais tarde, em 1.349, o local foi atingido por um terrível terremoto que danificou boa parte de sua construção. 

Apesar do tempo e da destruição, o local continua inexplicavelmente lindo! A intensidade do que se sente, ao ver o tamanho deste acervo arquitetônico, é impossível expressar em palavras. 




Sidnei e eu estávamos muito cansados. Pâmela, não sei de onde tirava tanta energia, parecia uma criança saltitante. Queria andar em tudo, desbravar todos os pequenos detalhes... foi mesmo difícil tirá-la de lá. Já era hora do almoço e decidimos fazer nosso banquete, nada menos, que sentados nas escadarias em frente ao coliseu. Compramos uma pizza de um ambulante que estava por ali... poderia ter algo melhor?


Após nossa visita ao coliseu, fomos em direção ao ônibus turístico. Criei a maior expectativa sobre os próximos destino: Fontana di Trevi e Panteão. Disse a eles que, além da Fontana ser linda, havia uma rua que pegaríamos para chegar lá, com muitas lojinhas e faríamos a 'maior festa'. Quando adentramos a tal rua, eles quase enlouqueceram devido a tantos souvenir que tinha. Compramos chaveirinhos para todos os colegas do escritório e eles compraram lembrancinhas para seu amigos e familiares. Foi bem difícil terminar a rua, pois os dois queriam entrar em todas as lojas. Quando enfim chegamos, a reação deles não poderia ter sido melhor ante a magnífica Fontana di Trevi, meu lugar preferido em Roma. 



Logo a frente da Fontana, há uma arquibancada. Sentamos ali enquanto contemplávamos o magnífico visual. Após uns segundos, olhei para a Pâmela e percebi que ela estava chorando. Não era um choro de tristeza... era algo sereno, calmo. Sorri a ela e disse: 'O que temos, muitas vezes perdemos... o que vivemos, ninguém nos tira!' Ela me sorriu de volta e disse: 'Obrigada...'

Após isso, meus amigos fizeram o ritual de jogar a moeda na fonte, para voltarem a Roma, um dia. Na sequência, fomos abordados por um vendedor que nos ofereceu uns bixinhos feito de bexiga. Pâmela teve um inprint, amor a primeira vista, pelo Tomy. Comprou, ficava olhando para ele e sorria a toa... 

  
Logo depois, fomos em direção ao Panteão. No caminho passamos por uma réplica, tamanho gigante, de meu brinquedo favorito, na infância: Playmobil.


E também fizemos foto com o boneco mais famoso ligado a cidade: Pinóquio.


Panteão 

Esse fabuloso monumento foi construído e reconstruído centenas de vezes. Sua construção inicial se deu por Agripa, em 27 A.C. A presente estrutura é resultado de uma reconstrução do século II D.C., pelo imperador Adriano. Sua cúpula é tão impressionante que Michelangelo veio aqui para estudá-la, antes de desenhar a cúpula da Basílica de São Pedro. As paredes do panteão possuem 7 metros de espessura e as portas de bronze pesam 20 toneladas, cada uma. Há 125 anos atrás foi descoberto o túmulo de Rafael aqui e até hoje fãs trazem flores. Além dele, Vitorio Emanuelle II, rei da Itália e seu sucessor, Humberto I, também estão enterrados aqui. 

Apreciei tudo aqui dentro! Ainda não tinha tido a oportunidade de conhecê-lo. 


Só para variar, na hora da fome, passamos em frente a um McDonald's e jantamos aqui. 


E esta é a foto que melhor representa o final deste grande dia em Roma:


Dia simplesmente inesquecível...

Obrigada Vida!