Ontem estava muito frio! A cada dia fico mais traumatizada com o clima. Embora o país seja lindo, percebo que sofreria muito se tivesse que morar aqui... e olha que este ano nem nevou! Aliás, lembro-me que quando conheci Filipe pela internet, vi algumas fotos dele e seu grupo, pedalando em um lugar magnífico, que havia nevado. Pergunto a ele se este lugar é muito longe e ele me diz que não... fica a uns 50 km de sua casa, em Famalicão.
Veja as fotos deles pedalando por lá, no ano anterior!
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| http://pedaladastorcato.blogspot.com.br/2010/12/luilhas-vestida-de-branco.html |
Já ouvi um ditado que diz: 'Se está na chuva é para se molhar!' Por isso, peço a ele que me leve até lá. Quero pedalar nas Luilhas! Filipe disse que seria melhor não irmos pois, se eu 'quase' morri de frio em Ponte de Lima, nas Luilhas iria congelar. Mas, estou decidida, quero congelar! Mesmo não concordando muito com isso, começamos a nos preparar. Ele, que sempre me incentiva a não colocar muitas blusas, hoje me diz para colocar uma impermeável. Preparamos o chá, colocamos em nossa nova aquisição, a garrafa térmica, e seguimos de carro em direção a Monte.
As Luilhas fica no Concelho de Fafe, numa cidade chamada São Miguel do Monte, ou apenas Monte. Já há alguns anos, precisamente desde 1986, Portugal tem feito grandes investimentos em energia limpa. Aproveitando áreas montanhosas e sua grande faixa marítima, vários parques eólicos foram instalados pelo país e as 'Ventoinhas de Luilhas' fazem parte disso.
Para chegar lá, subimos muito por uma belíssima serra, com paisagens cinematográficas. Filipe escolheu estacionar o carro em um lugar bem próximo as 'ventoinhas'. Assim que saio do carro, sou afligida por aqueles 'golpes de ar' super gelados. Filipe olha para mim e começa a rir, como quem pensa: 'Eu avisei'.
Tiramos as bikes e partimos. Para entrar na montanha, passamos a subir. Pensei comigo, isso é bom! Ajudará a aquecer... Mas, não sei se é devido a altitude, que o ar é rarefeito, ou se o frio causa esta sensação, mas de 'cara' me sinto muito cansada. Subir essas montanhas custa muito para mim! Sinto que para Filipe é tranquilo, por isso, ele pedala um pouco e me aguarda chegar.
De longe, ao vermos as pás eólicas, mais parecem pequenos cataventos. Mas, ao se aproximar, começam a ficar imensas!
O sol parece estar muito distante daqui pois, devido ao vento gelado, não chegamos a sentir seu calor.
Assim que vamos chegando aos pontos mais altos, passamos a pedalar em volta dos aerogeradores. É impressionante e lindo! Daqui, as paisagens ficam perfeitas!
Daqui para frente, a paisagem não sofrerá grandes alterações. Mesmo assim, não me canso de contemplá-la...
De acordo com Filipe, aquela pedra ao fundo quer dizer que estamos a 2 mil metros, em relação ao nível do mar.
Tudo que sobe, uma hora desce... e que descidas!
A hora passou muito rápido por aqui! Quando nos apercebemos, o sol já estava se pondo e nós não tínhamos lanternas. Por isso, soltamos os freios e voltamos para o carro. Fizemos mais uma pausa para fazer estas últimas fotos, que estão mais para cartão postal.
Quando chego no carro, visto a jaqueta, luvas e calça de frio. Tomo o chá, preparado por Filipe, que estava simplesmente perfeito. Ainda assim, me sentia completamente congelada.
Retornando a Famalicão, decidimos jantar fora. Passamos em um shopping, no caminho, e fomos comer uma sopa, que estava deliciosa e custou apenas 2,50 euros.
Daqui, seguimos até nosso maravilhoso lar, para descansar e curtir um ao outro!
Obrigada Vida!
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