terça-feira, 24 de dezembro de 2019

VIAGEM FOZ - DIA 04

Onde:        Viagem - Foz do Iguaçu
Quem:       Claudia Jak,  Filipe, Simone e Maurici
Quando:    24/12/19
Passeios:   Parque Cataratas Iguazu - Argentina

Confesso que fiquei na dúvida quanto a valer a pena se deslocar até a Argentina para ver as Cataratas novamente. Embora seja muito bonito, a ideia de ver a mesma coisa de outra perspectiva, me dava a sensação de estar fazendo novamente a mesma coisa do dia anterior. Creio que tenha sido muito bom pensar dessa forma, já que cheguei no local com expectativa bem baixa. 

Marcamos com o Sr. Valdeci as 08h00 no hotel e a viagem seguiu bem tranquila. Ele cobrou R$ 250,00 para nos levar e buscar no final do dia. A aduana Argentina é bem criteriosa, exigindo que todos os carros parem e todos os documentos sejam apresentados. Os RG's e CNH's devem ter menos de 10 anos e não estar rasurados. Após a inspeção, fomos liberados e seguimos para o parque, que ficava a aproximadamente 30 km do hotel onde estávamos hospedados. A viagem levou aproximadamente 1h00.

Diferente do lado brasileiro, não é possível comprar os ingressos pela internet ou com cartões de crédito. Aqui eles também não aceitam real, por isso compramos pesos argentinos no dia anterior. Chegando ao parque, para nossa sorte, as bilheteria estavam bem tranquilas e sem filas. O valor do ingresso foi de ARS 640,00, que deu R$ 48,00. 


O Parque Iguazu também é uma área protegida de 67 mil hectares, criada com o objetivo de conservar as Cataratas e a biodiversidade que a rodeia. Sua entrada fica a 7 km da fronteira. 



O passeio é dividido em três etapas: Circuito Superior (1.750m- 2h00 para visitar), Inferior (1.700m-2h00 para visitar)  e Garganta del Diablo (trem+1.100m - 2h00 para visitar). 

Assim que entramos no parque, pegamos o mapa e vimos que poderíamos pegar o trem onde estávamos, que demoraria em torno de 20 minutos para chegar ou poderíamos seguir a pé por uma trilha de 650m até a próxima estação. Apesar de sabermos que teríamos muito para caminhar, decidimos iniciar as atividades do dia.



A trilha possui calçamento e é praticamente toda plana. Vimos muitos quatis pelo caminho, aliás, nos dois parque há muitos! Mas há também várias placas alertando que eles podem ficar agressivos e até machucar com suas garras e dentes. Nas placas colocaram fotos de pessoas com as mãos bem machucadas. Portanto, bonitinhos mas fiquem distantes.


Em aproximadamente 20 minutos chegamos a estação.



Ai foi hora de decidir para onde ir. Tínhamos a intenção de fazer primeiro as duas trilhas, Superior e Inferior mas, ao perguntar a um funcionário, ele nos sugeriu ir direto até a Garganta del Diablo, já que o parque estava com poucos turistas e explicou também que as trilhas eram arborizadas e seria mais confortável ser feita mais tarde, já que ficaria mais quente. Com isso, fomos atrás do ticket para pegar o trenzinho, o que também não foi preciso já que haviam poucos turistas e bastante vagas. Normalmente, faz-se necessário pegar o ticket e aguardar a chamada. 





O trem passa no meio da mata e nos leva até a entrada de uma trilha onde acessamos plataformas sobre o rio Igaçu. Ali, temos que caminhar 1.100 até chegar a Garganta del Diablo - ida e volta 2.200m. 





A dica do funcionário foi bem pertinente, já que não há nenhuma sobra até chegar a garganta. Conforme vamos nos aproximando, era possível ouvir o barulho intenso da queda d'água. 




Ao acessar a plataforma sobre a garganta, temos uma visão extraordinária, que é difícil de descrever. É muita água, muita força, muito poder! Me senti muito perto de Deus que, por meio de suas criações nos mostra suas qualidades incomensuráveis. 



Me encostei sobre o corrimão e fiquei ali apreciando tamanha beleza. 


Minhas lágrimas se confundiam com as gotículas d'água que nos deixam praticamente molhados. 

  
Ali ao fundo é possível ver o restaurante que almoçamos ontem, nas cataratas do lado brasileiro. Dali nem imaginávamos que estávamos tão perto da queda.





Infelizmente enquanto estava sobre a garganta fui picada por um inseto, semelhante a um marimbondo, e minha mão ficou bem inchada e dolorida o restante do dia. Mas isso não impediu que apreciasse o parque. Segui fazendo as fotos do que mais amo fazer: natureza!





 Ao retornar a estação, uma das funcionárias passou caladryl sobre o ferimento. Achei estranho, já que conhecia o produto para aliviar queimaduras do sol. Ao voltar pra casa, fui pesquisar e descobri que também tem a função de aliviar picadas de inseto. Aprendi mais uma!

Enquanto aguardávamos a vinda do trem, comemos empanada (ARS 70,000 - R$ 5,50), bebemos cerveja argentina (ARS 170,00- R$ 12,75) e de sobremesa tinha que ser, é claro, alfajor (ARS 100,00 - R$ 7,26). 


No trem, conhecemos um guia haitiano que é uma figura! Pensa numa pessoa divertida. Rimos um montão com ele. 


Finalizada a primeira etapa, seguimos conhecer o Circuito Superior, que possui 1.750m e leva em torno de 120 minutos para visitar. Pelo caminho, muitos macaquinhos divertidos mas 'meio' perigosos! Eles ficam atentos a nossas mochilas, tentando roubar algo para comer. Fiquem atentos a celular, óculos e coisas que eles consigam pegar com facilidade. 




O local, como tínhamos ouvido falar, é bem arborizado o que ajudou muito com o calor. E os mirantes foram muito bem projetados por nossos amigos hermanos. Acho que, se tivesse apenas um único dia, sugeriria que visitassem o lado Argentino que foi mesmo encantador!





O que nos chamou atenção, além das Cataratas, é a estrutura impecável no parque. As plataformas são incríveis. 



Finalizando o Circuito Superior, seguimos para o restaurante a fim de nos reabastecer e descansar um pouco. Tive a agradável surpresa de reencontrar uma querida amiga de Rio Negrinho, Alessandra, com sua família. 


Passamos por dois restaurantes com preços diferentes. Um deles custava aproximadamente R$ 65,00, para comer a vontade, e o outro um prato feito custava R$ 25,00. Decidimos escolher a opção mais econômica, também pelo fato de sabermos que teríamos que caminhar bastante na próxima etapa.  O restaurante é todo fechado por um alambrado e fica até engraçado. Parece que estamos em uma jaula. Isso tem por objetivo manter os quatis do lado de fora, que ficam nos observando la dentro como se fossemos o zoológico deles. 


Alimentados e descansados, seguimos para o Circuito Inferior, que possui 1.700m e leva aproximadamente 120 minutos para visitar. O lugar foi igualmente encantador e nos rendeu fotos lindíssimas. 










O grã-finale foi numa queda d'água com um arco-íris surreal. Foi incrível!







O parque tem zona com wifi livre, o que facilitou o contato com o Sr. Valdeci, nosso taxista. Combinamos o retorno para as 16h00 e foi exatamente o horário que conseguimos finalizar o passeio. Portanto, o parque argentino, em relação ao brasileiro, é realmente bem maior e com muito mais pontos para visitação. É necessário no mínimo entre 5 e 6 horas para conhecê-lo, fora o tempo de pausa para o almoço. Também concluí que, tanto um como outro, não é um passeio adequado para alguém com dificuldade de locomoção ou com criança, visto que poderá ser desgastante e cansativo. 

Antes de voltar ao Brasil, Sr. José ainda nos fez a gentileza de nos levar até a feirinha para gastarmos o restinho dos pesos argentinos que haviam sobrado. Compramos alfajor e queijo. Antes de sair da Argentina, há também um pedágio que pagamos em pesos (ARS 50,00 por pessoa) e custou R$ 3,75, ou seja R$ 15,00. Caso quiséssemos pagar em real eles até aceitavam, no entanto, ficaria em torno de R$ 20,00. 

Ao chegar no hotel fomos descansar na piscina.


Como era noite de natal, aproveitamos para jantar um prato a la carte no próprio hotel. 



E assim finalizamos mais um dia incrível aqui em Foz do Iguaçu. 


Gastos: R$ 562,03
R$ 125,00 Taxi
R$ 96,02 Parque
R$   43,51 Lanches, alfajor e bebidas
R$   60,00 Almoço e bebida
R$   25,50 Cerveja
R$   56,00 Alfajor e queijo
R$     7,50 Pedágio Argentina
R$ 148,50 Jantar e vinho

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