Dormimos próximo a cidade de Mafra, localizada a 25 km de Lisboa. Hoje cedo, aproveitamos que estávamos na cidade e seguimos conhecer a antiga morada dos monarcas brasileiros D. João VI e D. Pedro I, o Palácio Nacional de Mafra.
O local é composto por um palácio e um mosteiro monumental em
estilo barroco joanino. Foi construído a partir de 1.717, por iniciativa de João V de Portugal, em
virtude de uma promessa que fizera em nome da descendência que viesse a obter
da rainha dona Maria Ana de Áustria. O edifício ocupa uma área aproximada de quatro hectares
(37.790 M2). Construído em pedra lioz, abundante na região de Mafra, é
constituído por 1.200 divisões, mais de 4.700 portas e janelas, 156 escadarias e
29 pátios e saguões. Foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e um dos finalistas da iniciativa Sete Maravilhas de Portugal a 7, de Julho de 2007.
Onde dormia D. João VI, pai de D. Pedro I.
Após a visita, seguimos nossa viagem por uns 60 km. Não tínhamos um roteiro muito definido neste dia, quando de repente fomos surpreendidos com esta visão.
Verifiquei no mapa o nome da cidade: Óbidos. Decidimos ir até lá para conhecer esse castelo.
Um verdadeiro símbolo histórico de Portugal, o Castelo
de Óbidos está completamente restaurado, sendo um
dos mais belos castelos em atividade. Encontra-se sobre um modesto
penhasco, formando um quadrado, com cerca de 30 metros de lado. Este Castelo foi mencionado como uma das Sete Maravilhas de
Portugal em 2007, sendo este classificado como um Monumento Municipal.
Eu fiquei encantada com o lugar. Foi uma ótima surpresa em nosso caminho.
Na parte alta da muralha, vendo o sol de pôr.
Aqui tomei pela primeira vez a bebida ginjinha, um licor obtido da fruta ginja, semelhante a cereja, muito popular aqui em Portugal. É delicioso... Em Óbidos ganhei o copinho onde eles servem a bebida, em forma de torre e com o nome da cidade inscrito, muito lindo!
Imagem vista a partir de nosso carro.
Completamente extasiados, voltamos para nossa carrinha e seguimos viagem. Vi em meu mapa a cidade de Alcobaça e comecei a contar ao Filipe sobre a lendária história de amor que li, sobre o rei dessa cidade.
A história de amor proibido é entre o infante D. Pedro e Inês
de Castro, a dama de companhia da sua mulher D. Constança Manuel. Apesar do
casamento, o Infante marcava encontros românticos com Inês nos jardins da
Quinta das Lágrimas. Depois da morte de D. Constança em 1.345, D. Pedro passou
a viver maritalmente com Inês, o que acabou por afrontar o rei D. Afonso IV,
seu pai, que condenava de forma veemente a ligação, e provocou forte reprovação
da corte e do povo.
Durante anos, Pedro e Inês viveram nos Paços de Santa Clara,
em Coimbra, com os seus três filhos. Mas o crescendo de censura à união por
parte da corte pressionava constantemente D. Afonso IV, que acabou por mandar
assassinar Inês de Castro em Janeiro de 1.355. Louco de dor, Pedro liderou uma
revolta contra o rei, nunca perdoando ao pai o assassinato da amada. Quando
finalmente assumiu a coroa em 1.357, D. Pedro mandou prender e matar os
assassinos de Inês, arrancando-lhes o coração, o que lhe valeu o cognome de o
Cruel.
Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com
Inês de Castro, D. Pedro impôs o seu reconhecimento como rainha de Portugal. Em
Abril de 1.360, ordenou a trasladação o corpo de Inês de Coimbra para o
Mosteiro Real de Alcobaça, onde mandou construir dois magníficos túmulos, para
que pudesse descansar para sempre ao lado da sua eterna amada. Assim ficaria
imortalizada em pedra a mais arrebatadora história de amor portuguesa.
Quando terminei de contar pra ele, concluiu: Vamos até lá! Quero apresentar a ele o GRANDE AMOR DA MINHA VIDA. E lá fomos nós... Quando chegamos, bem atrás do mosteiro havia uma linda lua cheia nos aguardando.
Nesta noite, fomos a um fast food e compramos um frango picado com fritas. Fizemos nosso jantar regado a muito vinho, é claro! Dormimos aqui na cidade.
Trajeto de hoje: 101 km
Trajeto de hoje: 101 km
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