Parte 1 - RIO DE JANEIRO - NOVEMBRO DE 2013

Bateu aquela 'vontadinha' de curtir tudo aquilo que o estrangeiro vem buscar em nosso país... de visitar aqueles lugares históricos, paradisíacos. Aliado a isso, decidi também atender aos insistentes convites de uma querida amiga, Márcia Lira, uma arquiteta que conheci em 2009 em uma mostra Morar Mais por Menos e fui visitar o Rio de Janeiro (nesta mostra, ela fez um ambiente de nosso parceiro/lojista Celmar que foi o maior sucesso).

A pouco tempo, li os livros de Laurentino Gomes e fiquei curiosíssima para conhecer alguns pontos históricos que ficam no Rio. Além disso, quase enlouqueci com uma matéria que li no site do G1 - Locais históricos do Rio de Janeiro permitem reviver a época do império. Fiz uma lista de lugares que pretendo um dia conhecer...

• Quinta da Boa vista
• Museu Nacional
• Paço Imperial - ok 2013
• Real Gabinete Português de leitura
• Museu Bela Artes - 2013
• Ilha Fiscal - ok 2013
• Jardim Botânico - ok 1997
• Floresta da Tijuca
• Biblioteca Nacional
• Pão de Açucar - ok 2006
• Cristo - ok 2006 e 2013

Antes disso, fui ao Rio duas vezes... na primeira vez tinha uns 13 anos. Fomos visitar uma tia avó que estava doente. Nesta oportunidade, cheguei a conhecer uns poucos lugares como a Orla de Ipanema, Jardim Botânico e a Barra da Tijuca. Sinceramente me lembro muito pouco, pois já se passaram alguns anos... segue algumas fotos.

Pedra da Gávea e Jardim Botânico

Jardim Botânico

Na segunda oportunidade, eu tinha lá meus 24 anos. Recém separada, estava tentando 'acertar' os ponteiros com meus pais, pois minha separação não era muito bem vista por eles na época e eu acabara de voltar a morar com eles. Estávamos em um cruzeiro que partiu de Santos até Argentina. Em Buenos Aires tive o privilégio de assistir a uma apresentação no Sr. Tango, algo que ficou muito marcado... acho que foi a apresentação de dança mais linda que assisti até hoje. Depois passamos em Punta Del Este, Uruguay, e a próxima parada foi no RJ. Descemos do navio e pedimos a um taxista que nos levasse ao Cristo, mas fizemos também um pedido incomum... não queremos passar em nenhum lugar 'feio'. Ele riu e realizou nossa vontade. Fomos ao Cristo e na sequência ao pão de açúcar. Fizemos algumas fotos com nossa moderníssima máquina digital, aliás nossa primeira, que tinha um super cartão de memória de 512 MB. O pequeno problema é que o 'bendito enchia' toda a hora. Por esta razão, temos poucos registros desta passagem por lá... Lembro-me bem de um momento muito especial, quando retornamos ao navio. Estava tocando uma bossa nova... e ao som de Garota de Ipanema, o navio foi se afastando e passando pela orla de Ipanema com o pôr do sol atrás. Foi uma sensação incrível, pois a beleza do lugar aliado a música marcou profundamente. Lembro-me de sentir meus olhos mais úmidos do que o normal e pensar: 'esta é  realmente a Cidade Maravilhosa da música de André Filho...'

Navio Melody - MSC e a vista do Cristo

Vista do Pão de açucar

Fui ainda algumas outras vezes ao Rio a trabalho. Sempre chegando a 30 minutos de alguma reunião e partindo na sequencia, saindo e chegando de madrugada... Portanto, nem contarei essas vezes...

Desta vez, parti típica turista disposta a desbravar o que desse tempo, visto que passaria apenas sábado e domingo. Sai de casa às 03 hrs. Deixei meu carro em um estacionamento a alguns quilômetros de Viracopos, afinal é mais barato. De lá, peguei o avião azul para o aeroporto com destino ao Santos Dumont. No avião, tudo ocorreu conforme o previsto e em apenas 50 minutos, exatamente às 06:00 hrs, eu começava a ver alguns cartões postais. 

Coincidentemente vi de longe, um local que pretendo conhecer nesta viagem... a Ilha Fiscal e consegui até uma foto deste momento... 

Assim que cheguei, fui recebida por minha querida amiga Márcia Lira. De lá, partimos para a praia caminhar um pouquinho e curtir o início da manhã... momento de jogar conversa fora e alinhar nosso final de semana e roteiros.

Depois fomos buscar nosso querido amigo Flávio ( Facebook - McArty Decor), para que ele pudesse fazer umas fotos do lugares e de nós duas... Marcinha logo sugeriu que aproveitássemos que estava cedo para subir ao Cristo. E lá vamos nós, em busca de fotos perfeitas para nosso amigo Flávio. Apenas um detalhe... como no dia anterior tinha chovido muito, hoje havia certas nuvens rodeando o Cristo... por isso estávamos um tanto inseguros no que diz respeito a visibilidade do mesmo... mas, eu sempre muito otimista, disse a eles que não deviam se preocupar. Garanti a ele que também conseguiríamos um lugar para estacionar bem próximo ao Cristo... subimos os 10 km... Quando chegamos, fomos recebidos por um senhor que 'cuida' do estacionamento (muito mal humorado por sinal). Rimos muito da cara feia que o homenzinho nos fazia. Na sequência, ele nos disse que havia uma vaga bem lá em cima, do lado da entrada. Neste momento Márcia e Flávio me olharam com aquela carinha de: 'Como isso é possível???' E eu apenas confirmo com a cabeça... já sabia que esta seria nossa vaga :D. 
Tivemos uma sorte danada, pois praticamente não havia fila para comprar o ingresso e para entrar (ingresso no valor de R$ 30,00)... pegamos uma Van e partimos em direção ao Cristo. Assim que chegamos, olhamos em volta e havia muitas nuvens... conforme íamos subindo, elas simplesmente iam se espaçando até que quando chegamos ao ponto mais alto, elas davam uma trégua e abriam... nessa hora o Flávio começou a me chamar de bruxa...  rsrs. Segue algumas fotos...

Para conseguir aquela famosa foto no Cristo, só deste jeito:

Na sequência, seguimos para o Mirante Dona Marta (entrada gratuita). Fica no meio da subida ao Cristo. É um lugar de visão sensacional, aliás, achei que tem uma vista mais bonita que no Cristo! Mas a foto que está logo no início, registra uma realidade triste do RJ.

Durante a descida, quase morri de inveja da galera que vinha subindo de bike... será que um dia consigo esta façanha?

Ao terminarmos de descer, já era próximo da hora do almoço e partirmos em direção a Copacabana. Aproveitamos para dar uma passada na loja da Celmar, para Marcinha ver se estava tudo certo. Fomos almoçar o famoso Galeto ao lado... 

Após o almoço, decidimos visitar o Museu da Marinha e aproveitar para conhecer a Ilha Fiscal... durante o caminho, aproveito para tirar mais algumas fotos.

Marcinha diz que não faz a menor ideia de onde está localizado o tal Museu da Marinha. Então colocamos no GPS o endereço  que conseguimos através do google. 

Flávio dirigindo, GPS manda virar a esquerda, Marcinha diz que é a direita... se o GPS mandava a direita, Marcinha diz que é a esquerda... ou seja, pra que GPS?!? só risada... e na hora 'H' toca o telefone da Marcinha... era o chefe, não podia desligar. Flávio olha pra mim que digo... ahhh sei lá, entra a direita no que parecia se uma entrada de uma empresa qualquer. Assim que ele para o carro desço para pedir informação e descobrir se ainda estamos longe. Acredite ou não o 'lugar' que entramos tratava-se exatamente de onde queríamos chegar. Outro detalhe engraçado é que ali tinha estacionamento gratuito e a vaga era, depois da portaria, a primeira que se via... era a nossa vaga, estava ali nos aguardando. Descemos do carro e começarmos a tirar fotos. 

É interessante destacar que neste local funciona uma exposição permanente sobre "O poder naval na formação do Brasil". Aqui você embarca numa viagem sensacional pela história do brasil e da navegação. Logo na entrada você vê uma exuberante Galeota D. João VI, construída em 1808, em Salvador, que foi utilizada até os primeiros governos republicanos. 

Há também um Helicóptero que podemos visitar.

Vários objetos importantes, que foram resgatados de navios naufragados, estão espalhados pelo local, Míssil, Canhão, Âncora, etc.

Há também, um Submarino - Riachuelo, atracado no espaço cultural. É permitido entrar em quase todos os compartimentos...

Assim que chegamos aqui, garantimos o bilhete para entrar na Ilha Fiscal. Existem dois tipos de passeios, um vai até a Ilha e o outro vai até a Baia de Guanabara e permite a visualização do continente (se não me engano custa R$ 40,00)... 

Já este que vai até a Ilha Fiscal custa R$ 20,00. Os dois são feito através de uma escuna. 

Às 16 horas em ponto, embarcamos com destino a Ilha. 

Assim que vamos nos aproximando, a visão que temos é um espetáculo.Parece que estou em algum país europeu. 

A visita foi guiada e ouvimos histórias maravilhosas...

A ilha foi inicialmente criada para servir como um posto fiscal. O projeto foi elaborado em estilo Neo-Gótico por Del Vecchio, com inspiração em arquitetura do século XIV da França. O prédio foi inaugurado pelo imperador D. Pedro II em 1889. O famoso baile, a maior festa que ocorreu até então no Brasil, aconteceu logo depois de sua inauguração, em homenagem ao Almirante Cochrane. Com essa recepção, o império tentava reforçar os laços com Chile e reerguer o prestígio da monarquia, bastante abalada pela propaganda republicana. Houve muita música, comida e vinho. A republica foi proclamada apenas 6 dias depois do baile e D. Pedro II foi extraditado no mesmo cais de onde os convidados partiram em direção a Ilha, no dia do Baile. 

Diário do posto fiscal

Objetos da época da monarquia

Ingresso para o Grande Baile

A torre possui estes vitrais lindíssimos com o rosto da Princesa Isabel e do imperador D. Pedro II.

Ao partirmos daqui estávamos extremamente felizes e esgotados. Fomos ainda visitar mais algumas lojas Celmar, em Engenho de Dentro e no shopping Barra World. Aliás, adorei o shopping! Isso porque tem réplicas de pontos turísticos pelo mundo... segue algumas fotos:

Firme e forte ainda jantamos com alguns lojistas e depois de 24 horas 'ON', ao entrar no carro entrei imediatamente em 'OFF' .